quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Ensinar e Aprender História: História em Quadrinhos e Canções

Este é o resumo do Capítulo I Ensino de História: Recorte de temática, do livro Ensinar e aprender história: história em quadrinho e canções. Caso desejem baixar basta acessar este link.


Ensinar e Aprender História:
História em Quadrinhos e Canções
Autores: Adriane Sobanski/Edilson Chaves/João Luís Bertolini/Marcelo Fronza

Resumo
Capítulo I: Ensino de História:
Recorte da temática

Lendo o passado e compreendendo o presente: a educação histórica

      Ensino até a década de 1970: “pesquisadores e professores entendiam o ensino a partir das concepções etapistas do conhecimento histórico.” Consequentemente as crianças não estavam preparadas para trabalhar com concepções abstratas de tempo e noções históricas.
      A partir de 1970 surgiram novas teorias em relação ao ensino de história, acreditando que com essa nova perspectiva, as crianças e os jovens pudessem, sim, lidar com a temporalidade e outros conceitos históricos fundamentais, e, portanto, a história.
      Surgiu então a perspectiva da Educação Histórica: “os estudantes passaram a ser compreendidos como agentes de sua própria formação, com ideias históricas prévias sobre a História e com várias experiências, assim como o professor passou a ter um papel de investigador constante, necessitando problematizar suas aulas em diversas situações.”
      Então é a partir da percepção de presente de cada um que o conhecimento do passado acontece. Não interessa saber História, e sim o uso que se faz dela. “A compreensão desse passado deve ser mobilizada na orientação temporal dos sujeitos, ou seja, através da consciência histórica e que se embasa na preocupação com o saber histórico, com o pensar historicamente de crianças e jovens, bem como de professores.” Chamamos esta capacidade de ler o mundo historicamente de literacia histórica.
      “... o professor de História tem de desenvolver uma atividade questionadora para conhecer o aparato intelectual dos alunos de modo a desafiá-lo e acompanha-lo na construção de sua aprendizagem”. Seu trabalho de investigação se assenta sobre a utilização de diferentes fontes e narrativas históricas com o objetivo de promover nos alunos a competência histórica de compreender que a História é construída com diversas perspectivas.

Lendo o mundo historicamente: Os professores de história e um novo desafio nas produções em Educação Histórica


      Nesta perspectiva de Educação Histórica, a existência das ideias prévias revela uma grande preocupação de como crianças e jovens fazem a leitura histórica do mundo. Essas ideias prévias ou tácitas são memórias que os sujeitos têm de suas experiências com o passado. A partir dessa concepção o historiador Jörn Rüssen compreendeu as ideias prévias como protonarrativas.
      O papel do professor é significativo, pois tem uma relação muito importante relacionando as ideias tácitas (protonarrativas) e a leitura de mundo que devem realizar nas aulas. Portanto, a concepção do papel do professor de História, articulando a prática docente e promovendo de modo a  integrar  os conhecimentos. Isto se chama cognição histórica situada, ou seja, a preocupação em investigar quais seriam os mecanismo de uma aprendizagem criativa e autônoma, que contribuam para que o aluno transforme informações em conhecimentos, apropriando-se das ideias históricas de forma mais complexas.
      Um problema de cunho prático para a pratica da docência em história é a seleção dos conteúdos significativos em história, pois podemos afirmar que as noções de significância histórica são construções pessoais, culturais, políticas e historiográficas transmitidas de forma diversificada aos membros de uma sociedade.  Temos dois conceitos de significância histórica:
1)Peter Seixas: “Primeiro, os historiadores se o fenômeno afetou um grande número de pessoas  por um longo período de tempo. Segundo, estabelecemos sua relação com outros fenômenos históricos. Terceiro, estabelecem a sua relação com o presente, e também, com suas próprias vidas”.
2) Keyth Barton e L.S. Levstik:  Apresentam uma conceituação de caráter antropológico, pois entendem que as idéias referentes à significação histórica “são construções culturais transmitidas aos membros da sociedade através de várias fontes de informação. Essas fontes produzem versões do passado  que possibilitam a produção de inferências históricas tais como a construção de ideias e imagens acerca do passado e considera as produções subjetivas, sociais, culturais, políticas e historiográficas comunicadas de formas variadas aos membros da sociedade.
      “É assim que essa perspectiva de ensino determina aos professores certas competências para dar aulas de História, como contextualizar, problematizar o passado e criar pressuposições a respeito do presente”.
      A consciência histórica, portanto, emerge do encontro do pensamento histórico científico com o pensamento histórico geral. Dessa formatemos uma historiografia que colaborou para construirmos uma determinada consciência. Aqui está o papel da Educação Histórica.

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